Penso na menina Sandrine do filme “sou surda e não sabia”. Ela é um exemplo de como uma pessoa pode se sentir em um meio em que não é entendida, mesmo que seja no meio familiar com pessoas que a amam, não se fazer entender, nao se comunicar pode ser algo torturante. É importante que façamos o exercício de relativização, que nada mais é, que nos colocarmos no lugar do outro para melhor compreendê-lo.
Se o mundo fosse surdo, me sentiria deslocada? Me sentiria diferente? Sentiria que tinha um som mas queeste som nao serviria para que fosse compreendida pelos demais? Sentiria que os outros pouco se importam se eu consigo ou nao me comunicar?
Seria como os surdos que utilizam os sinais, e expressões, e na maioria das vezes não são reconhecidos, compreendidos, respeitados no seu direito de se comunicar?
Provavelmente, não nos sentiriamos identificados com as pessoas que nao nos escutam, pois tenho capacidade auditiva enquanto os demais se comunicam exclusivamente por libras.
Como nos sentiríamos se não tivessemos acesso à linguagem de sinais, tal qual os surdos não têm acesso à linguagem oral?
Acho muito interessante fazer esse tipo de reflexão.
Precisamos nos dar conta que os alunos surdos, nao estao sendo incluidos socialmente quando a acessibilidade "de verdade" nao lhes é plenamente oferecida.


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