“Toda criança que joga se comporta como um poeta, enquanto cria um mundo para si, ou, mais exatamente, transpõe as coisas do mundo em que vive para uma ordem nova que lhe convém (…) O poeta faz como a criança que joga; cria um mundo imaginário que leva muito a sério, isto é, que dota de grandes qualidades de afetos, distinguindo-o claramente da realidade. (Freud, 1910)”
Freud fala da criança em vários dos seus trabalhos, onde se refere ao jogar, com um
discurso onde o inconsciente produz seus efeitos.
Mas Freud não foi o único a falar da importância do
lúdico;Anna Freud diz que o analista de crianças além do treinamento
analítico propriamente dito, também deveria possuir um segundo componente: o
conhecimento pedagógico.
Melaine Klein vê a brincadeira como uma forma de comunicação importantíssima para a psicanálise infantil,é com ela que as sessões se voltam para o brincar.
Melaine Klein vê a brincadeira como uma forma de comunicação importantíssima para a psicanálise infantil,é com ela que as sessões se voltam para o brincar.
Já Winnicott
propõe algo diferente, ele olha para o brincar em si,
pela primeira vez, como um objeto de
estudo; o verbo não para a brincadeira, um substantivo como uma coisa a ser
olhada em sua potencialidade própria. O brincar como o concebe Winnicott não se
limita às crianças apenas, mas se estende aos adultos também.
Para Piaget, as características do brincar diferem
de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem
descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com
o desfio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.
Já Vygotsky, aponta que a produção de cultura
depende de processos interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento
de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso destacou a
importância do professor como mediador e responsável por ampliar o repertório
cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar,
Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresentação de novas
brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las.
Os grandes teóricos concordam : BRINCAR É
FUNDAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO.
É uma tarefa das mais importantes durante a nossa
vida toda, nos liga ao MUNDO SIMBÓLICO e para que saibamos simbolizar
precisamos aprender e só há uma forma de fazê-lo: BRINCANDO.
No semestre passado assistimos um documentário
chamado “Caramba, Carambola o brincar é na Escola” este documentário, como já postei
aqui,me fez refletir por uma frase dita por uma professora logo no início : " A infância não pode esperar a criança do lado de fora da
escola".
Me assusta pensar que podemos estar transformando a
escola num lugar sem brincadeiras, sem jogos e onde queiramos didatizar todos
os momentos dos nossos alunos.
Hoje, após sair ontem, encantada da deliciosa aula
de “Ludicidade e Educação” com a Professora Darli e a Professora Tânia resolvi
por em prática as brincadeiras aprendidas.... aqui tem um pouquinho dos meus alunos se
divertindo mas tenho certeza que me diverti muito mais.
Brincar é coisa séria, então...não percamos tempo... VAMOS
BRINCAR!!!!!!!!
Olá! A postagem demonstra uma amplo diálogo com pensadores que embasam a tua escrita, demonstrando preocupação com tema. Após a aula presencial e as leituras no curso, colocou em prática com os alunos os momentos vivenciados. Pelo conteúdo apresentando ele poderá ser ampliado e até ser publicado em formato de artigo, pense nessa possibilidade futura. Como apresentou um amplo repertório de autores a bibliografia poderia ser disponibilizada para os interessados no tema em realizar consultas das bibliografias estudadas. Acrescente ao texto também a sua visão de escola e ludicidade, a importância do brincar no espaço da rotina no ciclo de alfabetização e nas séries iniciais.
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