quinta-feira, 7 de abril de 2016

Brincar é coisa séria! :P

          “Toda criança que joga se comporta como um poeta, enquanto cria um mundo para si, ou, mais exatamente, transpõe as coisas do mundo em que vive para uma ordem nova que lhe convém (…) O poeta faz como a criança que joga; cria um mundo imaginário que leva muito a sério, isto é, que dota de grandes qualidades de afetos, distinguindo-o claramente da realidade. (Freud, 1910)”





Freud fala da criança em vários dos seus  trabalhos, onde se refere ao jogar, com um discurso onde o inconsciente produz seus efeitos.

Mas Freud não foi o único a falar da importância do lúdico;Anna Freud diz que o analista de crianças além do treinamento analítico propriamente dito, também deveria possuir um segundo componente: o conhecimento pedagógico.

 Melaine Klein vê a brincadeira como uma forma de comunicação importantíssima para a psicanálise infantil,é com ela que as sessões se voltam para o brincar.

   
 Já Winnicott  propõe  algo diferente, ele olha para o brincar em si, pela primeira vez,  como um objeto de estudo; o verbo — não para a brincadeira, um substantivo — como uma coisa a ser olhada em sua potencialidade própria. O brincar como o concebe Winnicott não se limita às crianças apenas, mas se estende aos adultos também.


Para Piaget, as características do brincar diferem de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desfio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.

Já Vygotsky, aponta que a produção de cultura depende de processos interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso destacou a importância do professor como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las.

Os grandes teóricos concordam : BRINCAR É FUNDAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO.

É uma tarefa das mais importantes durante a nossa vida toda, nos liga ao MUNDO SIMBÓLICO e para que saibamos simbolizar precisamos aprender e só há uma forma de fazê-lo: BRINCANDO.

No semestre passado assistimos um documentário chamado “Caramba, Carambola o brincar é na Escola” este documentário, como já postei aqui,me fez refletir por uma frase dita por uma professora logo no início : " A infância não pode esperar a criança do lado de fora da escola". 

Me assusta pensar que podemos estar transformando a escola num lugar sem brincadeiras, sem jogos e onde queiramos didatizar todos os momentos dos nossos alunos.

Hoje, após sair ontem,  encantada da deliciosa aula de “Ludicidade e Educação” com a Professora Darli e a Professora Tânia resolvi por em prática as brincadeiras aprendidas.... aqui tem um pouquinho dos meus alunos se divertindo mas tenho certeza que me diverti muito mais.

Brincar é coisa séria, então...não percamos tempo... VAMOS BRINCAR!!!!!!!! 





Um comentário:

  1. Olá! A postagem demonstra uma amplo diálogo com pensadores que embasam a tua escrita, demonstrando preocupação com tema. Após a aula presencial e as leituras no curso, colocou em prática com os alunos os momentos vivenciados. Pelo conteúdo apresentando ele poderá ser ampliado e até ser publicado em formato de artigo, pense nessa possibilidade futura. Como apresentou um amplo repertório de autores a bibliografia poderia ser disponibilizada para os interessados no tema em realizar consultas das bibliografias estudadas. Acrescente ao texto também a sua visão de escola e ludicidade, a importância do brincar no espaço da rotina no ciclo de alfabetização e nas séries iniciais.

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