Inicio esta postagem com uma frase que me chamou atenção neste
documentário " A infância não pode esperar a criança do lado de
fora da escola".
Será que não é isto que a escola vem pedindo a infância ; Dá um tempinho
aí fora que escola é um lugar sério?
Será que o lúdico não está sendo deixado de lado nas nossas escolas,
dando lugar a salas de aulas chatas e sérias , onde se tem que trabalhar conteúdos, matérias e coisas que talvez não façam tanto sentido para nossos alunos ou de forma que não faça sentido?
Fico pensando... as crianças ficam, em média, 12 horas na escola na
educação infantil, e nas escolas particulares ficam ainda mais tempo, durante o ensino fundamental, em
turno integral, longe de suas casas, de seus brinquedos,bom, considerando isto se sua necessidade de brincar for ignorada neste
ambiente, o da escola, onde é que elas brincarão? E que danos a "falta do brincar"
causará nestas crianças ?
No
vídeo diferentes profissionais abordam a importância do brincar para o
desenvolvimento da criança. A neurocientista Sônia Padovan explica que ao
brincar a criança tem a possibilidade de se construir. A especialista afirma
que até os sete anos de idade é a fase em que o sistema nervoso necessita de
muitas referências espaciais. É nesse período de desenvolvimento em que os primeiros
circuitos neuronais da motricidade são construídos, para depois desenvolver
circuitos mais complexos. Assim ela mostra o quanto o brincar nessa faixa
etária é essencial, e que falar de brincar na Educação Infantil é "coisa
séria".
A partir das brincadeiras as crianças se relacionam com o mundo,
produzem cultura. Por meio das brincadeiras as crianças se comunicam com o
ambiente, se expressam culturalmente.
Através do
brincar, do se deslocar, a criança cria possibilidades, movimento, desperta-se
para o mundo.
Para Piaget, as características do brincar diferem de acordo com as
faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com
experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desfio de
compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.
Já Vygotsky, aponta que a produção de cultura depende de processos
interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento de um indivíduo, mas
às relações dentro de um grupo. Por isso destacou a importância do professor
como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças.
Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção
positiva a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para
enriquecê-las.
Vamos Brincar?
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