domingo, 6 de dezembro de 2015

Brincar, Brincar, Brincar e Brincar mais um pouco...




Inicio esta postagem com uma frase que me chamou atenção neste documentário " A infância não pode esperar a criança do lado de fora da escola". 

Será que não é isto que a escola vem pedindo a infância ; Dá um tempinho aí fora que escola é um lugar sério?

Será que o lúdico não está sendo deixado de lado nas nossas escolas, dando lugar a salas de aulas chatas e sérias , onde se tem que trabalhar conteúdos, matérias e coisas que talvez não façam tanto sentido para nossos alunos ou de forma que não faça sentido?

Fico pensando... as crianças ficam, em média, 12 horas na escola na educação infantil, e nas escolas particulares ficam ainda mais tempo, durante o ensino fundamental,  em turno integral, longe de suas casas, de seus brinquedos,bom, considerando isto se sua necessidade de brincar for ignorada neste ambiente, o da escola, onde é que elas brincarão?  E  que danos a "falta do brincar" causará nestas crianças ?

                No vídeo diferentes profissionais abordam a importância do brincar para o desenvolvimento da criança. A neurocientista Sônia Padovan explica que ao brincar a criança tem a possibilidade de se construir. A especialista afirma que até os sete anos de idade é a fase em que o sistema nervoso necessita de muitas referências espaciais. É nesse período de desenvolvimento em que os primeiros circuitos neuronais da motricidade são construídos, para depois desenvolver circuitos mais complexos.  Assim ela mostra o quanto o brincar nessa faixa etária é essencial, e que falar de brincar na Educação Infantil é "coisa séria".

A partir das brincadeiras as crianças se relacionam com o mundo, produzem cultura. Por meio das brincadeiras as crianças se comunicam com o ambiente, se expressam culturalmente.
Através do brincar, do se deslocar, a criança cria possibilidades, movimento, desperta-se para o mundo.

Para Piaget, as características do brincar diferem de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desfio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.

Já Vygotsky, aponta que a produção de cultura depende de processos interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso destacou a importância do professor como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las.



Vamos Brincar?


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