segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Enfim....


E às  04h54 ( AM) do dia 29.12 ... 

(terminei todas atividades do PEAD --- U-HUUU!!!)



ATÉ O ANO QUE VEM !!!!!!


domingo, 27 de dezembro de 2015

UMA REFLEXÃO ACERCA DA ALFABETIZAÇÃO ..



        Creio  como  disse Emília Ferreiro que, TODOS PODEM APRENDER, e esta é a frase que balisa minha prática em alfabetização e em Educação, mais que isto, creio que somos seres de cultura e não de natureza, e que fizemos isto  ao trocarmos nossos instintos por inteligência, como nos ensina a Antropologia, porém, não se nasce inteligente. Fica-se inteligente aprendendo, como também já nos foi dito por Jean Piaget. Esta é uma das contribuições mais decisivas e democráticas que a Ciência, a Antropologia e a Pedagogia poderiam nos brindar no último milênio: descobrir que todos podem aprender é algo revolucionário e saber que isto está nas mãos de professores atentos ao processo de aprendizagem de cada um dos alunos, fazendo provocações adequadas, entendendo que o erro nada mais é que uma hipótese inteligente que deve ser aprimorada, e que tenham uma força desejante que lhes possibilite fazer o impossível nada mais  é do que;  fantástico.

         Porém me angustia pensar  acerca dos alunos que ficam  na escola por anos sem aprender a ler e escrever e muitos sem nunca se  apropriarem deste conhecimento.  Estes alunos, ainda hoje  em um mundo que apresenta-se submerso pela pós-modernidade  e com ela pela urgência, liquidez de relações, efemeridade, lógica de consumo, relativismo moral, individualismo, entre outros aspectos , eu noto que frente incontáveis mudanças sociais, a escola continua agarrada aos seus antigos preceitos. Se, em princípio, a Escola tinha que transmitir conteúdos para elites que se transformariam em chefes de poder hoje sua responsabilidade deveria ser  muito mais ampla, porém as crianças de classes populares seguem fadadas ao fracasso escolar.

        A escola é direito de todos, é acessível a todos. A informação está em todo lugar, ela não é  monopólio de poucos. A rede mundial de computadores, assim como demais mídias nos invadem com imagens todo o tempo e o tempo todo. Nas escolas particulares as crianças se alfabetizam na Pré-escola, nas escolas de periferia, se escuta o discurso de que os alunos tem três anos do ensino fundamental para serem alfabetizados e que não se deve ” roubar-lhes a infância” .

         Desde quando deixar a ignorância pelo prazer de aprender é ser roubado ?  Desde quando o fracasso de estar na escola sem aprender é deleite para alguém?

         Neste contexto de transformação deveria caber a escola atuar socialmente, e o único papel social que a escola tem, o papel democrático que a escola tem é um só: ensinar a TODOS seus alunos. Isto não significa ensinar disciplinas isoladas, de forma fragmentada, isso significa incluir todos e ensinar de forma que os alunos sejam atores sociais conscientes, críticos que saibam ver, ouvir, pensar, fazer. A escola não pode aceitar ou praticar exclusão social, não pode aceitar que as crianças pobres aprendam menos, ou não aprendam.

        Ou que nós professores, por sermos despreparados para ensinarmos a essas crianças, as culpabilizemos  pelos problemas de não ensinagem seja creditando estes problemas a família, a medicalização, a aspectos psicológicos, antropológicos, sociais. Precisamos criar meios, provocações, pesquisar, estudar, e aprendermos a ensinar todos  nossos alunos.

        Democracia e inclusão em qualquer tempo é cem por cento das crianças irem para escola e aprenderem aí sim o professor terá dado conta do seu compromisso com o processo democrático que está por trás do ato de partilhar o mundo das letras com as  diferentes classes, indivíduos e grupos sociais.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Primeiro Workshop


Primeiro Workshop


         Bom, o primeiro Workshop a gente nunca esquece, parafraseando aquele velho comercial  de sutiã que entrega a minha idade....


         Confesso que me  desesperei, imaginei que seria algo assustador, dormi 12horas, no total, das 3 noites que antecederam o dia 16.12: terminando a reescrita do trabalho, me preparando, fazendo o power point. 


         Para minha surpresa, ao chegar no polo,o  ambiente era  bacana e acolhedor. Já cedo, encontrei a professora Darli Collares, que seria a responsável pela minha banca, e falei pra ela que estava assustada, ela me abraçou e me disse que eu ficasse calma que tudo correria bem, de um jeito super "querido" que  fez me sentir mais confiante e humanizar a figura que estava me "apavorando" tanto( no caso o monstro era ela mesmo) . 


       Tudo  aconteceu de uma forma muito natural, a noite fluiu agradável, com apresentações de trabalhos interessantes, visões difentes sobre os mesmos temas, trocas de experiências e conhecimentos que acrescentaram bastante a minha caminhada até ali. Realmente, um momento muito agregador.  Aliás é impressionante o quanto o PEAD é assim, "encaixadinho" e a gente vai se dando conta que uma coisa complementa e faz sentido com a outra.


       Entendi  a  importância deste momento, e  que não estávamos ali simplesmente para sermos  avaliadas, para termos um conceito e, sim para expressarmos e podermos visualizar quanto aprendemos e crescemos dentro do conhecimento pedagógico e o quanto isto nos levou a mudar como profissionais.


         O grupo em que eu estava era muito bacana, colegas  comprometidas com seu processo de aprendizagem , com o processo de seus alunos e apaixonadas pelo seu trabalho, criativas em suas apresentações.  


         Obviamente, tenho muito que aprender, sei que minha apresentação não foi tão boa quanto eu gostaria, estava bastante nervosa, calculei mal o tempo, não consegui falar sobre tudo que planejei, 10 minutos é  pouco tempo para o tanto que aprendi  neste semestre, na hora me frustrei... mas depois, refletindo a respeito,  me sinto muito bem por fazer  parte deste grupo (PEAD) e por ter conseguido apresentar o workshop na primeira turma, junto com as "veteranas" do curso. Éramos poucas "novatas" que lá estávamos, nos esforçamos bastante para dar conta de todas as aprendizagens inclusive tecnológicas e acho que temos mérito por isto. Nos próximos já sei que tenho que ser menos prolixa, o que também será uma aprendizagem.       
         Agradeço as professoras e tutores. Em especial a professora Darli e o tutor Glauber , que foram muito carinhosos e atenciosos e conduziram de forma bárbara o nosso encontro, fazendo com que o PÂNICO do Workshop fosse  sumindo e virando um "que boba que eu fui".


         Venham  próximos Workshops não tenho mais medo de vocês! rsrsrs 



Ah, sendo as aprendizagens sociais, eu não poderia deixar de agradecer a minha super colega, companheira nas madrugadas e finais de semanas de estudos e amiga que o PEAD me trouxe... Valeu Patrícia pelo semestre inteiro de parceria...temos vários pela frente...força na peruca!!!!! :P

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Revisando minha Síntese Reflexíva das Aprendizagens do Semestre, lembrei deste texto da Madalena Freire....

A lição é um ato de refletir sobre a sua própria aprendizagem


Autora: Madalena Freire

O ato de refletir a lição, deve ser um ato libertador. Libertador porque instrumentaliza o professor no que ele tem de mais forte: sua reflexão.
Professor algum é dono de sua prática se não tem a reflexão de sua prática nas mãos.
Não existe ato de reflexão que não nos leve a constatações, descobertas, dúvidas e, portanto, que não nos leve a transformar algo em nós, nos outros e no mundo.
Portanto, dentro desta concepção – onde o ato de refletir é permanente e centrado no eixo de cada professor – está implícito que não existe um modelo de reflexão (que fulano é melhor na lição dela, eu sou um desastre ...).
Cada um tem sua reflexão que está enraizada no seu tempo no seu processo de apropriação de sua prática.
O que existe são tempos – histórias – distintas deste processo de aprofundamento da reflexão, que no fundo é o processo de aprofundamento da própria formação.
A lição, a reflexão desse meu processo-formação só pode ser assumida por mim mesma, por cada professor.  Professor que coloca fora de si, num mito teórico, sua formação, está doente, alienado, anestesiado, num sono profundo, fantasiado de nomes que não é o seu.
Ou cada professor assume a condição – reflexão – do seu processo de formação, como algo que está sendo parido por ele mesmo – e que por isso trará dores de parto também – sem os fantasmas teóricos lhe paralisado a ação, ou então ele pode se considerar “formado”,
Morto na sua criação
Morto na sua curiosidade
Morto na sua reflexão
Morto na sua paixão
Morto na sua capacidade de seduzir o outro a opção do prazer em assumir a sua formação.



Então....estou morta de cansada..porém...bem viva!!!! :)

domingo, 6 de dezembro de 2015

Brincar, Brincar, Brincar e Brincar mais um pouco...




Inicio esta postagem com uma frase que me chamou atenção neste documentário " A infância não pode esperar a criança do lado de fora da escola". 

Será que não é isto que a escola vem pedindo a infância ; Dá um tempinho aí fora que escola é um lugar sério?

Será que o lúdico não está sendo deixado de lado nas nossas escolas, dando lugar a salas de aulas chatas e sérias , onde se tem que trabalhar conteúdos, matérias e coisas que talvez não façam tanto sentido para nossos alunos ou de forma que não faça sentido?

Fico pensando... as crianças ficam, em média, 12 horas na escola na educação infantil, e nas escolas particulares ficam ainda mais tempo, durante o ensino fundamental,  em turno integral, longe de suas casas, de seus brinquedos,bom, considerando isto se sua necessidade de brincar for ignorada neste ambiente, o da escola, onde é que elas brincarão?  E  que danos a "falta do brincar" causará nestas crianças ?

                No vídeo diferentes profissionais abordam a importância do brincar para o desenvolvimento da criança. A neurocientista Sônia Padovan explica que ao brincar a criança tem a possibilidade de se construir. A especialista afirma que até os sete anos de idade é a fase em que o sistema nervoso necessita de muitas referências espaciais. É nesse período de desenvolvimento em que os primeiros circuitos neuronais da motricidade são construídos, para depois desenvolver circuitos mais complexos.  Assim ela mostra o quanto o brincar nessa faixa etária é essencial, e que falar de brincar na Educação Infantil é "coisa séria".

A partir das brincadeiras as crianças se relacionam com o mundo, produzem cultura. Por meio das brincadeiras as crianças se comunicam com o ambiente, se expressam culturalmente.
Através do brincar, do se deslocar, a criança cria possibilidades, movimento, desperta-se para o mundo.

Para Piaget, as características do brincar diferem de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desfio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras.

Já Vygotsky, aponta que a produção de cultura depende de processos interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso destacou a importância do professor como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las.



Vamos Brincar?