Hoje três alunos conversavam... Eu ali perto fiz aquela escuta pedagógica de pesquisadora ...
Aluno 1. Quando eu era pequeno eu chorava uns três dias quando meu pai batia na minha mãe...eu gritava " para pai, para!" ele não parava: "arrebentava" toda ela...eu chorava e ia pra casa da minha avó uns dias. Aí eles se separaram. Minha mãe arrumou um namorado...ele tbm "dava pau" nela só que daí eu defendia ela e apanhava também. Era bem ruim. Minha mãe se separou dele na terceira surra que ele me deu e voltou com meu pai...agora não me meto mais... Ele ainda dá nela mas eh meu pai...me ama...somos uma família.
Aluno2. Lá em casa meu padrasto foi pra Igreja...se não fosse minha mãe largava dele...ele bebia...o demônio possuía e ele batia em "tudo" nós. Agora faz mais de ano q não bebe e nem bate em ninguém. Mas cara...eu sonho toda noite que ele me bate...não sei, não consigo confiar.
Aluna3. Meu pai batia na gente também...e abusava...sabe..coisa que adulto não pode fazer. Minha mãe descobriu e fomos: eu, ela e minha irmã morar num abrigo. Hj a gente vive escondida dele. A mãe casou de novo mas ele eh bom, é bem velhinho e tem diabete...já combinamos que qualquer coisa nos três nos juntamos e batemos nele.
O que pensar, colegas?
A aprendizagem é lógica mas tbm é dramática e lá estava eu montando quebra cabeças de divisão....
O que não eh dito vira sintoma, como já nos bem disse o velho e sábio Freud então é chegada a hora de trazer a temática da violência doméstica para dentro da sala de aula e só assim conseguir ensinar matemática?
Acho que acaba de nascer um novo projeto pedagógico na turma 51, concordam?
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